Greve de Policiais e Bombeiros Militares é ilegal?

No Brasil é assim, num piscar de olhos, aparecem um monte de “especialistas” de plantão para palpitar em tudo, principalmente, naquilo que está em destaque na mídia. Eu prefiro chamá-los de palpiteiros, pois ficam a espreita para buscar alguns minutos de holofote.

É muito fácil para aqueles que estão em uma situação confortável, que os salários não atrasam e estão em um patamar invejável ou que “mamam nas tetas do Estado”, com as polpudas verbas publicitárias. Estes vão dizer que a greve dos policiais e bombeiros militares é ilegal, teve um jornalista da Revista Veja, Reinaldo Azevedo, que chamou de terrorismo a greve dos policiais militares do Espírito Santo.

Realmente, ao observarmos o artigo 142 da Constituição da República, existe mesmo a proibição de se fazer greve. No código penal militar também existe tipificação para esses crimes. Dessa forma, a “turma da elite brasileira” pode mesmo bradar aos quatro cantos do País e dizer que Policiais e Bombeiros militares não podem fazer greve, que é ilegal e, portanto, devem ser punidos exemplarmente.

Essa mesma “turma da elite” do serviço público do Brasil e aqueles que “comem quietos” as verbas milionárias de publicidade oficial vão continuar batendo nessa mesma tecla.

Então vejamos: alguém já parou para pensar por que Deputados Estaduais, Federais, Senadores, Ministros de Estado, Secretários, Promotores, Procuradores, Juízes, Desembargadores, Conselheiros dos Tribunais de Contas, Ministros do STJ e STF não fazem greve?

Muito simples, um Deputado Estadual tem salário inicial de R$25.322,00. Alguns aqui em Minas ainda recebem R$4.700,00 de auxílio-moradia. Já os Deputados Federais recebem R$33.763,00 de salário e R$4.700,00 de auxílio-moradia.

Juiz e Promotor, aqui em Minas Gerais, recebem salários de R$26.125,00. No Judiciário e no Ministério Público têm outras regalias que nenhuma outra carreira do serviço público tem, tais como: auxílio-moradia de R$4.700,00 por mês, auxílio-saúde de R$2.900,00 por mês, auxílio-alimentação de R$800,00 por mês e auxílio livro de R$15.000,00 por ano.

No Poder Executivo de Minas Gerais, estão os secretários recebendo R$62.000,00 por mês. Apenas de jetons, estes recebem R$40.600,00 para participarem de uma reunião por mês nos conselhos da Copasa, Cemig, Codemig, etc. Acredito que essa turma realmente não precisa fazer greve.
Do outro lado estão os Policiais Civis, Militares, Bombeiros, Agentes Penitenciários e Socioeducativos recebendo R$4.098,00, piso inicial da carreira, em três parcelas, há exatos 13 meses, sem que o governo cumpra a Lei de fazer a revisão geral anual prevista no artigo 37 inciso X, bem como a Lei da data-base 19.973/11, em seu artigo 7º, que é 1º de outubro.

Há 13 meses, os servidores da segurança pública de Minas Gerais e outros servidores estão pacientemente esperando o pagamento no 5º dia útil e até agora não assistimos nenhum jornalista, de nenhum setor da imprensa, cobrar isso do governo.

O Governo do Estado não está compromissado em cumprir Lei igual a seus demais servidores? Por que até agora nenhum Promotor ou Defensor Público impetrou uma ação civil pública para obrigar o governo do Estado a cumprir a Lei?

Nos Estados brasileiros, nenhum Poder fiscaliza o outro, parece um jogo de compadrio; por exemplo: o Legislativo, através da chamada base de governo, que é a maioria dentro do parlamento; o Judiciário com o Executivo, basta lembrar dos depósitos judiciais, onde o ex-Presidente do Tribunal de Justiça, em acerto com o governador, ajudou o Executivo a apropriar, indevidamente, dos depósitos judiciais, inclusive de litígios entre particulares.

No Legislativo, não precisa nem falar nada! Em janeiro de 2015, o Governo anunciou aos quatro cantos um deficit de R$7 bilhões, mas, no entanto, depois de anunciar duas reformas administrativas, criou seis secretarias e centenas de cargos comissionados, sem falar que a dita base de governo aprovou, no orçamento público de 2017, R$100 milhões para serem gastos com propaganda oficial.

Nossas entidades de classe impetraram várias ações judiciais para cobrar o pagamento no 5º dia útil, mas, infelizmente, o jogo do poder é muito sujo e até hoje não houve uma decisão judicial que garanta este pagamento. Na verdade, não existe essa tal “independência” entre poderes como ensinam nas faculdades de Direito.

Então, senhores e senhoras, não me venham com essa ladainha, dizendo que greve de policiais e bombeiros militares é ilegal. Muito antes do artigo 142 da CR/88, existem outros artigos que devem ser respeitados e cumpridos, principalmente, pelos governadores, tais como: artigo 1º inciso III: a dignidade da pessoa humana; o artigo 6º: os direitos sociais, a educação, saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança e a previdência social.

O caput do artigo 37 determina que o governador tem que obedecer os princípios da administração pública, sendo que o primeiro deles é a legalidade. Neste caso é legal parcelar os salários dos servidores da segurança pública por 13 meses? É legal não cumprir o artigo 37 da constituição, inciso X, que determina que o governo tem de conceder a revisão geral anual com a data-base dos servidores da segurança em 1º de outubro e até hoje o governo não fala nada?

O Governo do Estado vai pagar os juros da mensalidade da escola dos filhos dos servidores, da prestação da casa, da prestação do carro, dos juros do cartão de crédito, da conta de luz e de água?

É fácil para uma parcela da imprensa, vendida pela verba de publicidade e também para a “elite do serviço público”, falar que greve é ilegal. A imprensa recebe verbas milionárias de publicidade, os demais, recebem no 5º dia útil um salário de dar inveja no serviço público e ainda têm reajustes automáticos sem sequer fazer um mínimo de esforço de uma greve.

Em Minas Gerais, os servidores da segurança pública estão há 13 meses recebendo salários parcelados em três vezes e sem a reposição da inflação dos anos de 2015 e 2016. Já foram feitas cerca de oito mobilizações para cobrar do governo. Qual foi a resposta dada pelo governo? Fizeram várias reuniões e, até hoje, empurram todo mundo com a barriga.

Será que o Governador Fernando Pimentel tem coragem de alegar dificuldade financeira e deixar de repassar os duodécimos para o TJ, MP, ALMG e TC, como também atrasar os salários dos Deputados, Juízes, Promotores, Desembargadores, Procuradores e Conselheiros do Tribunal de Contas?
Em Minas, o Governo cooptou alguns Coronéis da ativa, Delegados, alguns presidentes de entidades de classe e um “deputado pelego” que estão fazendo o jogo sujo em atacar, principalmente, através das mídias sociais, as lideranças de classe que não aceitam o compadrio, a troca de favores com promoções, cargos e outros benefícios. Ainda bem que não conseguiram cooptar as bases das instituições!

"Todos os direitos da humanidade foram conquistados através da luta, seja o direito de um indivíduo, de um povo ou de uma classe, só se afirma por uma disposição ininterrupta para a luta”.

Deputado Sargento Rodrigues
Advogado/Pós-graduado em Segurança Pública pela UFMG

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Biografia

História

Washington Fernando Rodrigues, o Deputado Sargento Rodrigues, nasceu no dia 30 de maio de 1964, em Itupeva/BA, e é o sexto de sete filhos. A família mudou-se para Belo Horizonte em 1968, quando, aos quatro anos de idade, Rodrigues tornou-se órfão de pai.
Oriundo de uma família humilde, começou a trabalhar aos 13 anos como vendedor ambulante de jornal e aos 15 trabalhou como auxiliar de produção da Ranel Bijouterias. Com 16 anos, foi vigilante mirim do Centro Salesiano do Menor – CESAM e, aos 18, office boy e auxiliar de tesouraria na Cisa Veículos.

Bacharel em Direito pela Una (2011) e Comunicação Social - habilitação em Produção Editorial, pelo Uni-BH (2004). Pós-graduado em Estudos de Criminalidade e Segurança Pública, pela UFMG e em Administração Pública, pela FJP.

Chegada da família do deputado Sargento Rodrigues a Belo Horizonte Fotografia atual com os familiares do deputado Sargento Rodrigues

Polícia Militar

Ingressou na carreira policial militar aos 20 anos, como soldado no Batalhão de Trânsito, onde permaneceu por três anos. Após ter sido aprovado no concurso para Cabo, foi transferido para o 5º Batalhão, no qual obteve o primeiro certificado de destaque operacional de sua carreira Policial. Devido ao empenho no exercício da profissão, foi transferido para o antigo Batalhão de Choque, para atuar na Companhia ROTAM. Em 1989, foi para a Academia de Polícia Militar e, em julho do mesmo ano, se formou Sargento, permanecendo na ROTAM até 1993. Nesse ano, passou a trabalhar no COPOM – Central de Operações da Polícia Militar, como operador de rádio. Em junho de 1997, voltou para o 5º BPM, no rádio-patrulhamento.

Vida Política

Antes mesmo do Movimento de 1997, Rodrigues já se interessava pela carreira política, por acreditar que era a única forma de lutar contra as injustiças e por melhores condições de trabalho para os militares mineiros, sem ser perseguido e tolhido por superiores.
Munido por esse sonho, candidatou-se a vereador em Belo Horizonte no ano de 1996, pelo PMN. Obteve 2.674 votos, ficando como primeiro suplente. Já naquela época, apesar do anonimato, Rodrigues foi o policial mais votado do Estado.

Primeiro mandato - Em 1998, desempregado, mas já conhecido como Líder do Movimento Reivindicatório dos Praças da PMMG, candidatou-se a Deputado Estadual pelo PL e foi eleito com 74.594 votos, consagrando-se o segundo deputado mais votado do Estado.

Segundo mandato - Foi reeleito pelo PDT, com 78.183 votos. No biênio 2003/2004, presidiu a Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, da qual também foi membro efetivo nos anos de 2005 e 2006. Sargento Rodrigues também fez parte da Comissão de Administração Pública.

Terceiro mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 66.941 votos. Foi 3º Secretário da Assembleia Legislativa. No biênio 2007/2008, presidiu pela segunda vez a Comissão de Segurança Pública e foi membro efetivo da Comissão de Constituição e Justiça.

Quarto mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 94.312 votos. Foi Líder da Bancada do PDT e presidente da Executiva Municipal do partido, além de membro efetivo das Comissões de Segurança Pública e de Direitos Humanos.

Rodrigues também foi membro do Conselho Estadual Anti-Drogas – CONEAD, nos anos de 2001, 2002 e 2003, e do Conselho de Defesa Social de Minas Gerais, em 2003 e 2004;

Quinto mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 98.841 votos. Presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG e presidente do Partido Democrático Trabalhista de Belo Horizonte (PDT-BH).

Sexto mandato – Foi reeleito pelo PTB, com 123.648 votos. Presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG

Em 31/03/2022, filiou-se ao PL.

Sétimo mandato – Foi reeleito pelo PL, com 76.039 votos. É presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG.

- Comissão de Segurança Pública – Presidente - desde 15/2/2019

- Comissão de Administração Pública – Efetivo – desde 15/2/2019

- Comissão de Participação Popular – Suplente – desde 15/2/2019

- Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da barragem de Brumadinho – Autor e Membro – desde março/2019.

Movimento Grevista de 1997

Movimento Grevista de 1997No dia 13 de junho de 1997, a Polícia Militar mineira saiu às ruas para reivindicar seus direitos, fato este que se tornou parte da história de Minas. O Movimento nasceu do sofrimento vivido pelos policiais que clamavam por justiça e igualdade.

O Sargento Rodrigues, um dos líderes de Movimento, foi aclamado pelos praças, na Praça da Liberdade, para fazer parte da Comissão de Negociação e se destacou pela coragem e determinação em defender os interesses da classe.

Por liderar esse Movimento histórico, foi expulso da PMMG, juntamente com outros 185 Companheiros.

Atuação na ALMG

Legislatura

Projetos de lei, projetos de resolução, propostas de emenda à constituição, requerimentos

Para saber tudo o que aconteceu depois da eleição do Sargento Rodrigues, convidamos você a navegar em nossa página e acompanhar todo o trabalho parlamentar deste deputado. Aqui você poderá conhecer não só suas atividades na Assembléia – tais como projetos apresentados, participação em Comissões e CPIs, intervenções da Tribuna – mas também suas ações no exercício da função político-parlamentar, que engloba, entre outras coisas, os atendimentos de gabinete e agenda externa.
Conheça nosso trabalho e participe ativamente, com críticas e sugestões.

LEGISLATURA ATUAL

Pronunciamentos

Discursos, questões de ordem e declarações de voto de autoria do Deputado Sargento Rodrigues

PRONUNCIAMENTOS

Comissões

Presidente da Comissão de Segurança Pública - desde 2015
Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - de 05/05/2011 a 22/05/2012

Relator:
Com. Esp. Indicação de Jorge André Periquito para o cargo de Presidente da Utramig - de 23/3/2011 a 7/4/2011

Efetivo:
Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte - desde 8/4/2016
Comissão de Segurança Pública - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 4/2011 - desde 28/2/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 7/2011 - desde 28/2/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 11/2011 - desde 17/3/2011
Com. Esp. Indicação José Élcio Santos Monteze para o DER - de 17/3/2011 a 23/3/2011
Com. Esp. Indicação de Jorge André Periquito para o cargo de Presidente da Utramig - de 17/3/2011 a 7/4/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 14/2011 - desde 1/4/2011
Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - desde 14/4/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 16/2011 - desde 16/4/2011
Com. Esp. Indicação Ricardo Afonso Raso para a Ademg - de 3/6/2011 a 21/6/2011
Membros das Comissões Permanentes - § 1º do Art. 204 do Regimento Interno - desde 1/7/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 24/2011 - desde 1/7/2011

Suplente:
Comissão de Constituição e Justiça - desde 8/4/2016
Comissão de Direitos Humanos
Comissão de Saúde - desde 20/02/2013
Trabalho, da Previdência e da Ação Social - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Direitos Humanos - de 21/11/2012 a 31/01/2013
                                     de 23/02/2011 a 22/05/2012
Fiscalização Financeira e Orçamentária - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 49/2013 - desde 28/03/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 19/2011 - desde 3/6/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 21/2011 - desde 3/6/2011

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Rodrigues desenvolvidas ao
longo de sete mandatos na
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