Capitão Médico é perseguido e transferido por exercer liberdade de expressão

1099006 optA Comissão de Segurança Pública debateu na manhã desta terça-feira, 1/11/2016, a violação de direitos e garantias fundamentais do médico André Costa Cruz Piancastelli, que era lotado no Hospital da Polícia Militar (HPM), praticadas pelo diretor-geral do local, Tenente-coronel Márcio Flávio Moura Linhares, com a conivência do Comandante-Geral da Polícia Militar, Coronel Marco Antônio Badaró Bianchini. Na oportunidade, foi aprovado requerimento para ouvir a Capitã QOS Patrícia Murthe Piancastelli e o Tenente-coronel Márcio Flávio de Moura Linhares.

No início da reunião, o deputado Sargento Rodrigues, autor do requerimento e Presidente da Comissão, afirmou que o Capitão André Costa Cruz Piancastelli, médico dermatologista, vem sofrendo perseguições pelo diretor-geral do HPM desde novembro de 2015 por emitir sua opinião sobre um Projeto de Lei em determinado grupo do aplicativo “WhatsApp”. “O Tenente-coronel Linhares promoveu a transferência do médico para a Academia de Polícia Militar como forma de punição sob a prática de assédio moral e coação. Essa transferência afeta toda a tropa e seus familiares, pois o dermatologista, Dr. André, era altamente requisitado no HPM”, disse.

DSC 0016 optRodrigues lembrou, ainda, que é autor da Lei Complementar nº116/2011 que dispõe sobre a prevenção e a punição do assédio moral em toda administração pública estadual. “Hoje prevalece a máxima da perseguição. Assim que o Governador do Estado tem feito. O cidadão não pode nem criticar em um grupo de WhatsApp. Devemos lembrar que são direitos fundamentais, como direito de manifestação e de liberdade de expressão. Direitos fundamentais são cláusulas pétreas”, destacou.

Durante a reunião, o médico dermatologista, Capitão QOS André Costa Cruz Piancastelli, explicou como tudo aconteceu. “Comecei a ser assediado, de forma cruel, pelo Tenente-coronel Linhares, quando, depois do meu comentário no grupo do WhatsApp, em novembro de 2015, este me ligou e me ameaçou. Em uma sala fechada, o mesmo novamente ameaçou que iria me transferir, quando passei mal e fui parar no pronto-socorro do HPM. Mais adiante, fizeram uma reunião com oficiais e me obrigaram a sair do grupo de WhatsApp. Já em dezembro de 2015, me tiraram da chefia da dermatologista e do núcleo de pequenos procedimentos, quando já havia realizado mais de 1500 atendimentos e mais de 400 cirurgias. Em fevereiro deste ano, retiraram a carga horária da minha esposa, que é médica oncologista no mesmo local, devido ao nosso filho ter necessidades especiais. Fizeram uma sindicância familiar e o Tenente-coronel Linhares encaminhou para a Corregedoria analisar se havia algo errado”, informou.

André Costa Cruz Piancastelli ressaltou que se manifestou no grupo, pois vivemos em um estado democrático de direito. Ele também informou que perdeu a chefia da residência médica de dermatologista, onde já fez mais de 120 trabalhos, como também trabalhos internacionais. “Já em abril deste ano, me reuni com o Comandante-geral da PMMG e ele prometeu que as perseguições acabariam e que a carga horária da minha esposa diminuiria. Porém, dias depois, fui transferido para a Academia da Polícia Militar como clínico, colocando a vida dos militares em risco, uma vez que atendia diversas especialidades que não tenho formação”, completou.

Ainda segundo o médico dermatologista, ele acionou a justiça e o juiz determinou seu retorno para o HPM. “Em uma página, o Comandante-geral acatou a decisão judicial, na outra, já me retornou para a Academia de Polícia Militar”, disse. A Associação dos Militares Estaduais de Minas Gerais (ÁMEM) enviou cinco requerimentos para o Comandante-geral da PMMG, mas nenhum foi respondido.

DSC 0082 optDe acordo com Sargento Rodrigues, a denúncia é muito grave porque há uma criança afetada com estas perseguições e transferências. “A transferência deve ocorrer quando há necessidade, o que não houve. Isso é desvio de poder. Também ficou muito claro o crime cometido de abuso de autoridade e improbidade administrativa”, enfatizou.

“Temos a previsão na Lei, que o militar que tem filho com necessidades especiais, deve ter a carga horária reduzida. Essa foi uma emenda de minha autoria. Além disso, ele é um médico muito requisitado no HPM e foi transferido devido a perseguições e vontades pessoais. Ele foi ameaçado e a ameça se cumpriu”, completou Sargento Rodrigues.

Na ocasião, Renildes de Fátima Lima, mãe de um paciente do Hospital da Polícia Militar, afirmou que acompanha e sabe da história do Dr. André. Segundo ela, seu filho de 21 anos tem uma doença gravíssima e corre, constantemente, o risco de morrer. “Meu filho faz tratamento no hospital militar, onde também venho sendo perseguida pelo Linhares. Já fui muitas vezes ao Ministério Público fazer denúncias porque ele vive no meu pé, gritando comigo e chamando meu filho de bactéria. Os médicos e enfermeiros têm medo de trabalhar lá. Eu falo isso porque eu fiquei no hospital da polícia militar durante um ano e dois meses com meu filho. Ele tem que tomar uma medicação que se chama imunoglobulina humana e ele está tomando dentro do pronto atendimento, onde não é recomendado”, afirmou.

Ao final, a Comissão de Segurança Pública aprovou requerimento para que sejam ouvidos na comissão, mediante convocação, a Capitã Patrícia Murthe Piancastelli e o Capitão André Costa Cruz Piancastelli, e seja ainda convidado o Tenente-coronel Márcio Flávio de Moura Linhares, com a finalidade de obter seus depoimentos sobre denúncias de assédio moral, crimes de ameaça e violações de direitos fundamentais no HPM. Outro requerimento aprovado durante a reunião será para a realização de audiência pública para discutir os investimentos e custeios nos anos de 2014, 2015 e 2016 na Polícia Militar, na Polícia Civil, nos Bombeiros Militares, como também no Sistema Prisional e Socioeducativo e seus impactos na política estadual de segurança pública.

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Biografia

História

Washington Fernando Rodrigues, o Deputado Sargento Rodrigues, nasceu no dia 30 de maio de 1964, em Itupeva/BA, e é o sexto de sete filhos. A família mudou-se para Belo Horizonte em 1968, quando, aos quatro anos de idade, Rodrigues tornou-se órfão de pai.
Oriundo de uma família humilde, começou a trabalhar aos 13 anos como vendedor ambulante de jornal e aos 15 trabalhou como auxiliar de produção da Ranel Bijouterias. Com 16 anos, foi vigilante mirim do Centro Salesiano do Menor – CESAM e, aos 18, office boy e auxiliar de tesouraria na Cisa Veículos.

Bacharel em Direito pela Una (2011) e Comunicação Social - habilitação em Produção Editorial, pelo Uni-BH (2004). Pós-graduado em Estudos de Criminalidade e Segurança Pública, pela UFMG e em Administração Pública, pela FJP.

Chegada da família do deputado Sargento Rodrigues a Belo Horizonte Fotografia atual com os familiares do deputado Sargento Rodrigues

Polícia Militar

Ingressou na carreira policial militar aos 20 anos, como soldado no Batalhão de Trânsito, onde permaneceu por três anos. Após ter sido aprovado no concurso para Cabo, foi transferido para o 5º Batalhão, no qual obteve o primeiro certificado de destaque operacional de sua carreira Policial. Devido ao empenho no exercício da profissão, foi transferido para o antigo Batalhão de Choque, para atuar na Companhia ROTAM. Em 1989, foi para a Academia de Polícia Militar e, em julho do mesmo ano, se formou Sargento, permanecendo na ROTAM até 1993. Nesse ano, passou a trabalhar no COPOM – Central de Operações da Polícia Militar, como operador de rádio. Em junho de 1997, voltou para o 5º BPM, no rádio-patrulhamento.

Vida Política

Antes mesmo do Movimento de 1997, Rodrigues já se interessava pela carreira política, por acreditar que era a única forma de lutar contra as injustiças e por melhores condições de trabalho para os militares mineiros, sem ser perseguido e tolhido por superiores.
Munido por esse sonho, candidatou-se a vereador em Belo Horizonte no ano de 1996, pelo PMN. Obteve 2.674 votos, ficando como primeiro suplente. Já naquela época, apesar do anonimato, Rodrigues foi o policial mais votado do Estado.

Primeiro mandato - Em 1998, desempregado, mas já conhecido como Líder do Movimento Reivindicatório dos Praças da PMMG, candidatou-se a Deputado Estadual pelo PL e foi eleito com 74.594 votos, consagrando-se o segundo deputado mais votado do Estado.

Segundo mandato - Foi reeleito pelo PDT, com 78.183 votos. No biênio 2003/2004, presidiu a Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, da qual também foi membro efetivo nos anos de 2005 e 2006. Sargento Rodrigues também fez parte da Comissão de Administração Pública.

Terceiro mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 66.941 votos. Foi 3º Secretário da Assembleia Legislativa. No biênio 2007/2008, presidiu pela segunda vez a Comissão de Segurança Pública e foi membro efetivo da Comissão de Constituição e Justiça.

Quarto mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 94.312 votos. Foi Líder da Bancada do PDT e presidente da Executiva Municipal do partido, além de membro efetivo das Comissões de Segurança Pública e de Direitos Humanos.

Rodrigues também foi membro do Conselho Estadual Anti-Drogas – CONEAD, nos anos de 2001, 2002 e 2003, e do Conselho de Defesa Social de Minas Gerais, em 2003 e 2004;

Quinto mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 98.841 votos. Presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG e presidente do Partido Democrático Trabalhista de Belo Horizonte (PDT-BH).

Sexto mandato – Foi reeleito pelo PTB, com 123.648 votos. Presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG

Em 31/03/2022, filiou-se ao PL.

Sétimo mandato – Foi reeleito pelo PL, com 76.039 votos. É presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG.

- Comissão de Segurança Pública – Presidente - desde 15/2/2019

- Comissão de Administração Pública – Efetivo – desde 15/2/2019

- Comissão de Participação Popular – Suplente – desde 15/2/2019

- Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da barragem de Brumadinho – Autor e Membro – desde março/2019.

Movimento Grevista de 1997

Movimento Grevista de 1997No dia 13 de junho de 1997, a Polícia Militar mineira saiu às ruas para reivindicar seus direitos, fato este que se tornou parte da história de Minas. O Movimento nasceu do sofrimento vivido pelos policiais que clamavam por justiça e igualdade.

O Sargento Rodrigues, um dos líderes de Movimento, foi aclamado pelos praças, na Praça da Liberdade, para fazer parte da Comissão de Negociação e se destacou pela coragem e determinação em defender os interesses da classe.

Por liderar esse Movimento histórico, foi expulso da PMMG, juntamente com outros 185 Companheiros.

Atuação na ALMG

Legislatura

Projetos de lei, projetos de resolução, propostas de emenda à constituição, requerimentos

Para saber tudo o que aconteceu depois da eleição do Sargento Rodrigues, convidamos você a navegar em nossa página e acompanhar todo o trabalho parlamentar deste deputado. Aqui você poderá conhecer não só suas atividades na Assembléia – tais como projetos apresentados, participação em Comissões e CPIs, intervenções da Tribuna – mas também suas ações no exercício da função político-parlamentar, que engloba, entre outras coisas, os atendimentos de gabinete e agenda externa.
Conheça nosso trabalho e participe ativamente, com críticas e sugestões.

LEGISLATURA ATUAL

Pronunciamentos

Discursos, questões de ordem e declarações de voto de autoria do Deputado Sargento Rodrigues

PRONUNCIAMENTOS

Comissões

Presidente da Comissão de Segurança Pública - desde 2015
Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - de 05/05/2011 a 22/05/2012

Relator:
Com. Esp. Indicação de Jorge André Periquito para o cargo de Presidente da Utramig - de 23/3/2011 a 7/4/2011

Efetivo:
Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte - desde 8/4/2016
Comissão de Segurança Pública - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 4/2011 - desde 28/2/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 7/2011 - desde 28/2/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 11/2011 - desde 17/3/2011
Com. Esp. Indicação José Élcio Santos Monteze para o DER - de 17/3/2011 a 23/3/2011
Com. Esp. Indicação de Jorge André Periquito para o cargo de Presidente da Utramig - de 17/3/2011 a 7/4/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 14/2011 - desde 1/4/2011
Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - desde 14/4/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 16/2011 - desde 16/4/2011
Com. Esp. Indicação Ricardo Afonso Raso para a Ademg - de 3/6/2011 a 21/6/2011
Membros das Comissões Permanentes - § 1º do Art. 204 do Regimento Interno - desde 1/7/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 24/2011 - desde 1/7/2011

Suplente:
Comissão de Constituição e Justiça - desde 8/4/2016
Comissão de Direitos Humanos
Comissão de Saúde - desde 20/02/2013
Trabalho, da Previdência e da Ação Social - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Direitos Humanos - de 21/11/2012 a 31/01/2013
                                     de 23/02/2011 a 22/05/2012
Fiscalização Financeira e Orçamentária - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 49/2013 - desde 28/03/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 19/2011 - desde 3/6/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 21/2011 - desde 3/6/2011

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do Deputado Sargento
Rodrigues desenvolvidas ao
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