13 de junho de 1997: GREVE DA PMMG

Foto 39 - Fls 315 optHoje comemoramos dezoito anos do movimento histórico iniciado no dia 13 de junho de 1997. Escrever algumas linhas deste texto é para mim motivo de muito orgulho, como também, para permitir aos mais novos conhecer um pouco mais dessa história, para que eles possam entender a grandeza daquele movimento.

A conhecida greve das praças da Polícia Militar de Minas Gerais de 1997 deve sempre ser lembrada por toda a Corporação, do soldado mais novo até o coronel mais antigo, para que os erros do passado não possam ser repetidos.

O principal ponto de partida daquele estopim foi uma ação judicial movida pelos delegados de polícia requerendo uma isonomia salarial com promotores de justiça. Ao final desta ação, o STF reconheceu a isonomia em relação aos defensores públicos que, na prática, determinava o pagamento de 33% de reajuste, em três parcelas, aos delegados.

Na época, o então Governador do Estado, Eduardo Azeredo, determinou o pagamento da primeira parcela de 11% para os delegados de polícia. O alto-comando da PMMG, ao tomar conhecimento, foi até o Governador e exigiu o mesmo tratamento salarial. Dessa forma, Eduardo Azeredo mandou pagar o reajuste, também, para os oficiais. Mas antes perguntou, à época, ao então Comandante-Geral da PM, Coronel Antônio Carlos dos Santos, se não haveria problema com a base da Corporação, ou seja, com as praças. O então Comandante-Geral respondeu imediatamente: “A tropa nós seguramos”.

A PMMG atravessava um dos piores momentos, no dia a dia da caserna, de condições de trabalho e em termos salariais. As praças, ao tomarem conhecimento da notícia do aumento dado somente para os oficiais, romperam um silêncio de 222 anos e ganharam as ruas da Capital mineira.

Na prática, foram duas grandes passeatas, uma no dia 13 e outra no dia 24 de junho. Foi a primeira greve de policiais militares do Brasil, que após darmos início em Minas Gerais, outros dezessete estados da federação deflagraram movimentos semelhantes.

Já se passaram dezoito anos da nossa greve histórica. Quando os fatos aconteceram, muitos Coronéis disseram que a Polícia Militar havia acabado, pois nós havíamos destruído os principais pilares da Polícia Militar: a hierarquia e disciplina. Mas o tempo é sempre generoso com todos nós e, aos poucos, fomos mostrando que não éramos contrários a disciplina e hierarquia, pois esses pilares não são requisitos apenas exigidos na PM. As grandes empresas também adotam os mesmos pilares, mas com um diferencial: lá se demite sem as exigências de processo administrativo disciplinar.

De lá para cá, alcançamos inúmeros direitos que até então só pairava em nossos sonhos, como a criação do novo código de ética e disciplina, o mais moderno do Brasil, quando tive a honra em ser relator em primeiro e segundo turnos do Projeto de Lei que deu origem a Lei 14.310 de 2002. Até hoje todas as demais unidades da federação ainda permanecem com regulamentos através de decretos que, na prática, são elaborados pelos Coronéis.

Foram seis negociações salariais até chegarmos ao patamar que chegamos hoje, com o último reajuste de abril. Conquistamos melhorias nas promoções, definimos nossa carga horária em Lei, aperfeiçoamos nosso sistema de aposentadoria, como tantos outros direitos alcançados. Tudo isso só foi possível porque rompemos com as correntes que nos aprisionaram durante 222 anos e entendemos que sem nossa representação política, não alcançaríamos tantos avanços.

Um Coronel, em 1997, ganhava 17 vezes o salário de um Soldado. Hoje, o piso de um Coronel é 3,84 vezes o piso de um Soldado. São lições que devem permanecer para sempre, pois não há nenhum mais importante do que o outro. A polícia deve ser UNA, indivisível, e que o Comando saiba respeitar e tratar o subordinado com seriedade e disciplina, mas com respeito a sua condição de profissional de segurança pública.

Quem conhece a história por dentro, quem participou de todos os atos e viu seus desdobramentos, sabe também que nem tudo são flores. O pós-greve trouxe a consciência política e com ela a eleição de três representantes da classe, mas tem coisas que só o tempo nos revela.

Fls 318 optO Governo de Eduardo Azeredo foi um desastre para nossa Corporação, além de deixar todos nós com péssimos salários, desviou, criminosamente, mais de 900 milhões do nosso Instituto de Previdência (IPSM), expulsou 185 praças da PMMG e nos levou a maior greve de toda história.

Como disse, anteriormente, nem tudo são flores. No final do segundo mandato de Deputado Estadual, precisamente em 2005, após um discurso caloroso com críticas agudas ao mensalão do PT, fui abordado por um deputado do PT, dizendo que em Minas Gerais havia ocorrido algo semelhante, que Eduardo Azeredo também usou o esquema de corrupção, utilizando empresas de Marcos Valério, a SMP&B e DNA, superfaturando contratos de publicidades para abastecer sua campanha em 1998.

Até aí, já era do meu conhecimento e por essas e outras razões, por diversas vezes fiz duras críticas e denúncias deste famigerado governo de Eduardo Azeredo.

Mas o pior ainda estava por vir, o mesmo deputado do PT me entregou uma lista dos beneficiados do esquema que se encontra comigo, nela está o nome de um candidato a deputado federal em 1998, que se dizia líder classista, o qual recebeu das mãos de Eduardo Azeredo a quantia de R$63.659,00 para sua campanha.

Mais tarde, quando o processo da greve de 1997 retornou do Supremo Tribunal Federal para a Justiça Militar em Minas, pudemos ter acesso aos autos e para nossa maior surpresa, o então Governador Eduardo Azeredo tinha sido testemunha de defesa do citado líder classista.

Bom, hoje paramos por aqui. Em breve começaremos a escrever nosso livro sobre a greve de 1997 e seus desdobramentos.

Parabéns aos bravos guerreiros que foram expulsos e aos outros milhares de anônimos que participaram e deram vida àquele movimento.

Deputado Sargento Rodrigues

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Biografia

História

Washington Fernando Rodrigues, o Deputado Sargento Rodrigues, nasceu no dia 30 de maio de 1964, em Itupeva/BA, e é o sexto de sete filhos. A família mudou-se para Belo Horizonte em 1968, quando, aos quatro anos de idade, Rodrigues tornou-se órfão de pai.
Oriundo de uma família humilde, começou a trabalhar aos 13 anos como vendedor ambulante de jornal e aos 15 trabalhou como auxiliar de produção da Ranel Bijouterias. Com 16 anos, foi vigilante mirim do Centro Salesiano do Menor – CESAM e, aos 18, office boy e auxiliar de tesouraria na Cisa Veículos.

Bacharel em Direito pela Una (2011) e Comunicação Social - habilitação em Produção Editorial, pelo Uni-BH (2004). Pós-graduado em Estudos de Criminalidade e Segurança Pública, pela UFMG e em Administração Pública, pela FJP.

Chegada da família do deputado Sargento Rodrigues a Belo Horizonte Fotografia atual com os familiares do deputado Sargento Rodrigues

Polícia Militar

Ingressou na carreira policial militar aos 20 anos, como soldado no Batalhão de Trânsito, onde permaneceu por três anos. Após ter sido aprovado no concurso para Cabo, foi transferido para o 5º Batalhão, no qual obteve o primeiro certificado de destaque operacional de sua carreira Policial. Devido ao empenho no exercício da profissão, foi transferido para o antigo Batalhão de Choque, para atuar na Companhia ROTAM. Em 1989, foi para a Academia de Polícia Militar e, em julho do mesmo ano, se formou Sargento, permanecendo na ROTAM até 1993. Nesse ano, passou a trabalhar no COPOM – Central de Operações da Polícia Militar, como operador de rádio. Em junho de 1997, voltou para o 5º BPM, no rádio-patrulhamento.

Vida Política

Antes mesmo do Movimento de 1997, Rodrigues já se interessava pela carreira política, por acreditar que era a única forma de lutar contra as injustiças e por melhores condições de trabalho para os militares mineiros, sem ser perseguido e tolhido por superiores.
Munido por esse sonho, candidatou-se a vereador em Belo Horizonte no ano de 1996, pelo PMN. Obteve 2.674 votos, ficando como primeiro suplente. Já naquela época, apesar do anonimato, Rodrigues foi o policial mais votado do Estado.

Primeiro mandato - Em 1998, desempregado, mas já conhecido como Líder do Movimento Reivindicatório dos Praças da PMMG, candidatou-se a Deputado Estadual pelo PL e foi eleito com 74.594 votos, consagrando-se o segundo deputado mais votado do Estado.

Segundo mandato - Foi reeleito pelo PDT, com 78.183 votos. No biênio 2003/2004, presidiu a Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, da qual também foi membro efetivo nos anos de 2005 e 2006. Sargento Rodrigues também fez parte da Comissão de Administração Pública.

Terceiro mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 66.941 votos. Foi 3º Secretário da Assembleia Legislativa. No biênio 2007/2008, presidiu pela segunda vez a Comissão de Segurança Pública e foi membro efetivo da Comissão de Constituição e Justiça.

Quarto mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 94.312 votos. Foi Líder da Bancada do PDT e presidente da Executiva Municipal do partido, além de membro efetivo das Comissões de Segurança Pública e de Direitos Humanos.

Rodrigues também foi membro do Conselho Estadual Anti-Drogas – CONEAD, nos anos de 2001, 2002 e 2003, e do Conselho de Defesa Social de Minas Gerais, em 2003 e 2004;

Quinto mandato – Foi reeleito pelo PDT, com 98.841 votos. Presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG e presidente do Partido Democrático Trabalhista de Belo Horizonte (PDT-BH).

Sexto mandato – Foi reeleito pelo PTB, com 123.648 votos. Presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG

Em 31/03/2022, filiou-se ao PL.

Sétimo mandato – Foi reeleito pelo PL, com 76.039 votos. É presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG.

- Comissão de Segurança Pública – Presidente - desde 15/2/2019

- Comissão de Administração Pública – Efetivo – desde 15/2/2019

- Comissão de Participação Popular – Suplente – desde 15/2/2019

- Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da barragem de Brumadinho – Autor e Membro – desde março/2019.

Movimento Grevista de 1997

Movimento Grevista de 1997No dia 13 de junho de 1997, a Polícia Militar mineira saiu às ruas para reivindicar seus direitos, fato este que se tornou parte da história de Minas. O Movimento nasceu do sofrimento vivido pelos policiais que clamavam por justiça e igualdade.

O Sargento Rodrigues, um dos líderes de Movimento, foi aclamado pelos praças, na Praça da Liberdade, para fazer parte da Comissão de Negociação e se destacou pela coragem e determinação em defender os interesses da classe.

Por liderar esse Movimento histórico, foi expulso da PMMG, juntamente com outros 185 Companheiros.

Atuação na ALMG

Legislatura

Projetos de lei, projetos de resolução, propostas de emenda à constituição, requerimentos

Para saber tudo o que aconteceu depois da eleição do Sargento Rodrigues, convidamos você a navegar em nossa página e acompanhar todo o trabalho parlamentar deste deputado. Aqui você poderá conhecer não só suas atividades na Assembléia – tais como projetos apresentados, participação em Comissões e CPIs, intervenções da Tribuna – mas também suas ações no exercício da função político-parlamentar, que engloba, entre outras coisas, os atendimentos de gabinete e agenda externa.
Conheça nosso trabalho e participe ativamente, com críticas e sugestões.

LEGISLATURA ATUAL

Pronunciamentos

Discursos, questões de ordem e declarações de voto de autoria do Deputado Sargento Rodrigues

PRONUNCIAMENTOS

Comissões

Presidente da Comissão de Segurança Pública - desde 2015
Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - de 05/05/2011 a 22/05/2012

Relator:
Com. Esp. Indicação de Jorge André Periquito para o cargo de Presidente da Utramig - de 23/3/2011 a 7/4/2011

Efetivo:
Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte - desde 8/4/2016
Comissão de Segurança Pública - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 4/2011 - desde 28/2/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 7/2011 - desde 28/2/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 11/2011 - desde 17/3/2011
Com. Esp. Indicação José Élcio Santos Monteze para o DER - de 17/3/2011 a 23/3/2011
Com. Esp. Indicação de Jorge André Periquito para o cargo de Presidente da Utramig - de 17/3/2011 a 7/4/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 14/2011 - desde 1/4/2011
Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - desde 14/4/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 16/2011 - desde 16/4/2011
Com. Esp. Indicação Ricardo Afonso Raso para a Ademg - de 3/6/2011 a 21/6/2011
Membros das Comissões Permanentes - § 1º do Art. 204 do Regimento Interno - desde 1/7/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 24/2011 - desde 1/7/2011

Suplente:
Comissão de Constituição e Justiça - desde 8/4/2016
Comissão de Direitos Humanos
Comissão de Saúde - desde 20/02/2013
Trabalho, da Previdência e da Ação Social - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Direitos Humanos - de 21/11/2012 a 31/01/2013
                                     de 23/02/2011 a 22/05/2012
Fiscalização Financeira e Orçamentária - de 23/02/2011 a 31/01/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 49/2013 - desde 28/03/2013
Proposta de Emenda à Constituição nº 19/2011 - desde 3/6/2011
Proposta de Emenda à Constituição nº 21/2011 - desde 3/6/2011

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Rodrigues desenvolvidas ao
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